Um ícone chamado Don Melchor

Um ícone chamado Don Melchor

O Chile produz vinhos desde o século XVI, inicialmente com uvas de baixa qualidade (e grande rendimento) trazidas pelos colonizadores espanhóis e destinadas ao consumo interno. Mas foi apenas ao final do século XIX, com a chegada das variedades francesas, que a verdadeira vitivinicultura chilena começou.

Don Melchor de Concha y Toro

Em 1883, o empresário e político chileno Melchor de Concha y Toro, “Marquês de Casa Concha” pela Coroa espanhola, trouxe da região de Bordeaux sementes de Cabernet Sauvignon, Merlot, Carménère, Sauvignon Blanc e Sémillon. Plantou as sementes nas terras altas do Vale do Maipo, próximo a Santiago, e com ajuda de sua esposa e de um enólogo francês, fundou a Vinícola Concha Y Toro.

Um século depois, impulsionados pelo sucesso americano no “Julgamento de Paris“, a indústria vinícola do Chile passava por uma “revolução” e começava a produzir vinhos de alta qualidade. Enólogos da Concha Y Toro identificaram o grande potencial dos vinhedos do Vale do Maipo, sobretudo de Puente Alto na margem norte do rio, e em 1984 foram à Bordeaux mostrar seu Cabernet Sauvignon à Emile Peynaud, considerado o pai da enologia moderna.

Peynaud reconheceu de imediato o potencial do terroir de Puente Alto e sugeriu à seu colega Jacques Boissenot, consultor de algum dos maiores châteaux de Bordeaux, que liderasse um projeto no Chile. Em conjunto com Goetz von Gersdorff (enólogo da Concha Y Toro), trabalharam num Cabernet Sauvignon que melhor exprimisse toda riqueza daquele terroir. Assim, em homenagem à seu visionário fundador, nasceu em 1987 o vinho que se tornaria o ícone da vinícola: Don Melchor.

Don Melchor - Wine Spectator

Logo em sua segunda safra, Don Melchor se tornou o primeiro vinho chileno a figurar entre os “Top 100” da revista americana Wine Spectator.

Mas foi a partir de 1999, com o enólogo chileno Enrique Tirado assumindo o comando de sua elaboração, que Don Melchor atingiu novos patamares de excelência e ocupou posição de destaque entre a elite dos vinhos mundiais.

Graças a seu incrível trabalho de manejo do terroir de Puente Alto, e à adoção de modernas técnicas de vinificação, Enrique Tirado conseguiu alcançar a melhor expressão, finesse e elegância da Cabernet Sauvignon. E desde então, todas as vintages de Don Melchor sob seu comando se classificaram entre os melhores vinhos chilenos do ano, sendo eleito o 4º melhor vinho do mundo em 2001 e 2003, e o 9º em 2010!

 

O vinhedo e o vinho

O vinhedo Don Melchor se localiza em Puente Alto, na margem norte do rio Maipo, aos pés da Cordilheira dos Andes e à 650m acima do nível do mar.

Roots in the Don Melchor vineyard of Concha y ToroO solo é rochoso aluvial, de origem vulcânica, com cascalho e pedregulhos resultantes de milhares de anos de erosão pelos glaciares andinos. É um solo pobre em nutrientes e com ótima drenagem de água, o que ajuda a limitar o crescimento vegetativo das videiras.

O clima em Puente Alto é o mediterrâneo semi-árido, com abundância de luz solar e influência dos ventos frios que descem da Cordilheira do Andes provocando grande amplitude térmica (diferença de temperatura entre o dia e a noite) durante o período de maturação. Este fenômeno favorece o amadurecimento dos taninos, ajuda a equilibrar a acidez e concentra os aromas e sabores da fruta.

Ao todo são 127 hectares, dos quais 90% são plantados com vinhas de Cabernet Sauvignon com 30 anos de idade, provenientes das primeiras mudas trazidas de Bordeaux e plantadas no século XIX. O restante do vinhedo é distribuído entre Cabernet Franc (7,1%), Merlot (1,9%) e Petit Verdot (1%).

Inicialmente concebido como um vinho varietal de Cabernet Sauvignon (com exceção da vintage 1995 que recebeu 3% de Merlot), Don Melchor tornou-se corte (mais de uma variedade de uva) tão logo Enrique Tirado assumiu como winemaker responsável. “Depois de observar o vinhedo de Puente Alto ano após ano, identificamos pequenas diferenças nas videiras, e as dividimos em sete blocos – seis de Cabernet Sauvignon e um de Cabernet Franc – cada um com uma identidade própria” diz.

Tirado experimentou com a Cabernet Franc em 1999, voltou atrás em 2000, mas a partir de 2001 elabora todas as vintages de Don Melchor com alguma porcentagem de Cabernet Franc, sempre abaixo dos 10%.

Cada parcela produz frutos com características distintas. “A manipulação da vinha é realizada fila por fila, observando-se as necessidades de cada planta, para transmitir essas características únicas ao blend” conta Tirado. Desta maneira, tanto o Cabernet Sauvignon como o Cabernet Franc contribuem para o blend final do Don Melchor.

O momento da colheita de cada parcela também é individualizado, ocorrendo de forma manual de meados de Abril ao início de Maio. As uvas são cuidadosamente transportadas em pequenas caixas até a vinícola, onde são selecionados os melhores frutos. As uvas provenientes de cada parcela são vinificadas em separado em pequenos tanques de aço inoxidável, à temperatura controlada e com remontagens diárias durante a fermentação. Segue-se um período extendido de maceração, para melhor extração de cor, aromas e taninos.

Cada vinho produzido, provenientes de cada uma das 7 parcelas, são degustados e selecionados para compor o blend final, e então colocado em barricas de carvalho francês (2/3 novas e 1/3 de segundo uso). Após um envelhecido de 14 a 15 meses, o vinho é então engarrafado e guardado por mais um ano para desenvolver sua complexidade e personalidade.

O resultado é um vinho elegante e complexo, a mais pura expressão do terroir de Puente Alto. Equilibrado e com grande estrutura, mostra ano após ano grande potencial de guarda e impressiona pelo frescor e maciez de seus taninos.

 


Degustando:

Provar uma garrafa de Don Melchor é sempre um deleite! Recentemente tive o privilégio de degustar a vintage 2011, agraciada por Robert Parker (Wine Advocate) com 94 pontos. A degustação foi precedida de uma apresentação sobre a vinícola (como se fosse preciso alguma apresentação) e o vinho, e foi o ponto de partida para este post.

Um belo vinho!!Don Melchor 2011

Nesta safra, as temperaturas durante a fase de crescimento foram mais baixas que o usual, o que levou à uma vindima mais tardia (de 26 de Abril à 25 de Maio) e resultou numa Cabernet Sauvignon  mais elegante e com aromas mais concentrados. O corte realizado levou apenas 1% de Cabernet Franc e envelheceu em barricas de carvalho francês por 15 meses.

A coloração rubi intensa apresentava reflexos violáceos. No nariz, os aromas de frutas negras maduras (ameixas e cassis) predominavam, com um toque de mentol e chocolate. Com algum tempo na taça surgiram nuances de tostado e tabaco.

Na boca, se mostrava um tanto potente e volumoso, com grande estrutura e alta acidez. Aromas macios de fruta vermelha e baunilha. Os taninos eram intensos e vivos, de alta qualidade, com um final de boca macio e muito persistente. O álcool era bem presente, mas estava bem integrado. Em resumo: um vinhaço! Ainda jovem, mostrava equilíbrio de todo o conjunto, já sendo agradável hoje e com imenso potencial para mais de uma década de guarda.

Saúde!

 

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O Julgamento de Paris

"After dthe Upset", de Gary Myatt (2012)

Há 40 anos, mais precisamente em 24 de maio de 1976, uma degustação “às cegas” em Paris abalou o mundo do vinho e produziu consequências que duram até hoje.

Até o começo da década de 1970 os vinhos europeus reinavam absolutos como os melhores do mundo, sem competidores à altura. Principalmente no segmento dos “Grandes Vinhos” (hoje chamados de premium), os vinhos franceses se destacavam sobremaneira e parecia não haver rivais.

Naquela época a vitivinicultura nos países do Novo Mundo, incluindo os EUA, ainda estava em fase de desenvolvimento e seus vinhos tinham pouca expressão mundial. Apesar da Califórnia já produzir rótulos de grande qualidade no Napa Valley, havia pouco interesse neles por parte dos “grandes enólogos” e da mídia especializada que não consideravam possível que um vinho de fora da França pudesse ser páreo para os grandes Bordeaux e Borgonhas.

Esse (pré)conceito iria começar a mudar em 1976 quando o mercador de vinhos britânico Steven Spurrier, fundador da respeitada escola de vinho parisiense L’Academie du Vin, organizou em Paris uma degustação histórica entre vinhos franceses de renome e alguns vinhos americanos, sob o pretexto de comemorar os 200 anos da Independência dos EUA.

Steven SpurrierO próprio Spurrier, em sua loja Caves de la Madeleine, em Paris, negociava apenas vinhos franceses. Como confessou posteriormente, não acreditava que os vinhos americanos pudessem ser superiores aos franceses na prova embora já tivesse provado alguns bons exemplares.

Com ajuda de sua colega e diretora da L’Academie, a norte-americana Patricia Gallagher (que recentemente havia passado as férias na Califórnia e voltado empolgada com o que provara), convidaram 9 enólogos franceses de elite para serem os juízes da prova:

  • Pierre Brejoux – inspetor geral do comitê de Denominações de Origem;
  • Claude Dubois-Millot – do guia Gault-Millau de restaurantes;
  • Michel Dovaz – professor-chefe da L’Academie du Vin;
  • Odette Kahn – editora da célebre revista  La Revue du vin de France;
  • Raymond Oliver – chef e proprietário do restaurante 3 estrelas Le Grand Véfour;
  • Pierre Tari – dono do Château Giscours, em Margaux;
  • Christian Vanneque – sommelier-chefe do restaurante 3 estrelas Tour D’Argent;
  • Aubert de Villaine – co-proprietário do Domaine de la Romanée-Conti;
  • Jean-Claude Vrinat – dono do restaurante 3 estrelas Taillevent.

O objetivo principal era comprovar a qualidade dos vinhos americanos. Para evitar um viés preconceituoso, Spurrier convenceu os jurados à realizar a degustação “às cegas”, isto é, sem que soubessem qual vinho estavam degustando.

Assim, em abril de 1976 Spurrier foi à Califórnia selecionar os vinhos para o evento. Ao invés de “grandes nomes” como Mondavi, Buena Vista ou Beaulieu Vineyards, Spurrier procurou produtores menores, das chamadas “vinícolas boutiques” do Napa Valley. Selecionou 6 Chardonnays e 6 Cabernet Sauvignons que considerou excelentes e comprou 2 garrafas de cada.

Para evitar problemas na alfândega francesa, teve ajuda de um grupo de 20 produtores californianos (e suas esposas) que estavam indo para um tour de vinhos na França e que transportaram os vinhos em suas bagagens de mão. Para completar o painel, escolheu 4 brancos da Borgonha e 4 famosos tintos de Bordeaux, os melhores de sua loja.

O palco escolhido para o grande dia foi o elegante Hôtel InterContinental de Paris, em frente ao Palais Garnier, adicionando elegância ao evento. Com a ajuda de Ernst Van Damm, diretor de publicidade do hotel e cliente de Spurrier em sua loja, reservou as salas do terraço das 15 às 18h . E assim, na tarde de 24 de maio de 1976, se fez história.

A ordem de serviço foi sorteada no dia anterior e os vinhos foram embrulhados para não serem identificados. Os brancos foram degustados primeiro, e então os tintos. Spurrier e Gallagher participaram da degustação mas as notas, dadas numa escala até 20 pontos, foram somadas apenas entre os juízes franceses, e divididas por nove. O resultado geral, em ordem decrescente, foi:

Brancos:

  1. Chateau Montelena 1973 (EUA)
  2. Roulot (Mersault-Charmes) 1973 (França)
  3. Chalone Vineyard 1974 (EUA)
  4. Spring Mountain Vineyard 1973 (EUA)
  5. Joseph Drouhin Le Clos des Mouches (Beaune) 1973 (França)
  6. Freemark Abbey Winery 1972 (EUA)
  7. Ramonet-Prudhon (Bâtard-Montrachet) 1973 (França)
  8. Domaine Leflaive Les Pucelles (Puligny-Montrachet) 1972 (França)
  9. Veedercrest Vineyards 1972 (EUA)
  10. David Bruce Winery 1973 (EUA)

 

Tintos:

  1. Stag’s Leap Wine Cellars 1973 (EUA)
  2. Château Mouton-Rothschild (Pauillac) 1970 (França)
  3. Château Montrose (Saint-Estèphe) 1970 (França)
  4. Château Haut-Brion (Pessac-Léognan) 1970 (França)
  5. Ridge Vineyards Monte Bello 1971 (EUA)
  6. Château Léoville Las Cases (Saint-Julien) 1971 (França)
  7. Heitz Wine Cellars Martha’s Vineyard 1970 (EUA)
  8. Clos Du Val Winery 1972 (EUA)
  9. Mayacamas Vineyards 1971 (EUA)
  10. Freemark Abbey Winery 1969 (EUA)

O resultado não poderia ser mais surpreendente: 3 americanos entre os top five brancos e o Stag’s Leap como campeão entre os tintos, batendo alguns “monstros sagrados” de Bordeaux!

Para registrar o evento foram chamadas as principais publicações especializadas da França, que não se interessaram. O único repórter presente foi George M. Taber, da revista TIME, que havia feito um curso na L’Academie meses antes. Lembrado por Gallagher, foi chamado na última hora e registrou o evento. Uma semana depois a TIME publicou 4 parágrafos sobre o evento, com o título “Julgamento de Paris“, e a repercussão foi espantosa.

Imediatamente surgiram reclamações entre os próprios participantes, bem como críticas ao método subjetivo de avaliação dos juízes e questionamentos quanto à significância estatística dos resultados. A mídia francesa praticamente ignorou o ocorrido e os jornais Le FigaroLe Monde, meses depois, classificaram o resultado como “piada”.

Steven Spurrier assumiu o status de persona non grata em Bordeaux e, por mais de um ano, foi banido do circuito francês de degustações, como punição ao dano causado à reputação dos grandes vinhos franceses.

 

As Contraprovas:

Após o Julgamento de Paris, uma das críticas mais recorrentes  era o fato dos tintos franceses terem sido degustados muito jovens, sugerindo que os vinhos americanos não manteriam sua superioridade se “testados” pelo tempo.

Era uma boa tese. Os tintos de Bordeaux são conhecidos por serem vinhos longevos, com grande potencial de guarda e de evolução. Os melhores costumam passar muitas décadas mantendo a elegância e o frescor. Já os vinhos americanos eram uma incógnita. Como responderiam aos anos?

Em maio de 1986, dez anos depois, Spurrier então organizou uma nova prova às cegas, com os mesmos vinhos tintos, mas dessa vez em Nova York. Nove outros juízes foram convidados, e o resultado foi:

  1. Clos Du Val Winery 1972 (EUA)
  2. Ridge Vineyards Monte Bello 1971 (EUA)
  3. Château Montrose 1970 (França)
  4. Château Leoville Las Cases 1971 (França)
  5. Château Mouton-Rothschild 1970 (França)
  6. Stag’s Leap Wine Cellars 1973 (EUA)
  7. Heitz Wine Cellars Martha’s Vineyard 1970 (EUA)
  8. Mayacamas Vineyards 1971 (EUA)
  9. Château Haut-Brion 1970 (França)
  10. Freemark Abbey Winery 1969 (EUA)

Também em 1986, a revista Wine Spectator realizou outra degustação às cegas dos mesmos vinhos, colocando 5 americanos nas primeiras colocações (Heitz, Mayacamas, Ridge, Stag’s Leap e Clos du Val).

Como se não bastasse, o célebre painel seria mais uma vez posto a prova em 2006, no 30º aniversário do “Julgamento de Paris”: persuadido por Jacob Rothschild, que apoiara o Copia Center (museu dedicado ao vinho em Napa, California), Steven Spurrier organizou nova degustação às cegas, simultaneamente no Copia e na mais antiga loja de vinhos de Londres, a Berry Bros. & Rudd.

Um time de experts foi chamado, 9 em cada lado do Atlântico, incluindo Christian Vanneque (um dos juízes do “julgamento” original), Anthony Dias Blue e nomes como Hugh Johnson Jancis Robinson. Ambas as equipes de juízes escolheram o Ridge Monte Bello 1971 como vencedor e, somadas as notas de todos, o resultado final foi o seguinte:

  1. Ridge Vineyards Monte Bello 1971 (EUA)
  2. Stag’s Leap Wine Cellars 1973 (EUA)
  3. Mayacamas Vineyards 1971 (EUA) – empate
  4. Heitz Wine Cellars Martha’s Vineyard 1970 (EUA) – empate
  5. Clos Du Val Winery 1972 (EUA)
  6. Château Mouton-Rothschild 1970 (França)
  7. Château Montrose 1970 (França)
  8. Château Haut-Brion 1970 (França)
  9. Château Leoville Las Cases 1971 (França)
  10. Freemark Abbey Winery 1969 (EUA)

Resultado ainda mais consistente já que o Conseil Interprofessionnel du Vin de Bordeaux considerou a safra de 1970 entre as 4 melhores dos últimos 45 anos, e a de 1971 como “muito boa”.

Mais uma “vitória” dos vinhos americanos que, superando ícones bordaleses num teste de longevidade, se mostraram dignos de figurar entre a elite dos vinhos mundiais.

 

Conclusões:

Passados 40 anos da primeira degustação, não resta mais dúvidas de que os vinhos americanos saíram triunfantes. Não só aqueles 6 brancos e 6 tintos do painel (que hoje desfrutam de renome mundial), mas toda a indústria do vinho dos Estados Unidos. E, como consequência, a de todo o mundo!

O “Julgamento de Paris” foi revolucionário porque abalou o conceito de superioridade absoluta dos vinhos franceses. O impacto global veio principalmente através do prestígio adquirido pelos vinhos americanos, o que acabou abrindo os mercados europeus aos vinhos do Novo Mundo, impulsionando a expansão da produção em países como Austrália, África do Sul e Argentina.

A “derrota” dos vinhos franceses também impactou de forma positiva a indústria vitivinícola francesa que foi forçada a sair da “zona de conforto” onde se encontrava por décadas e estimulada a reexaminar tradições e convicções até então tidas como verdades imutáveis. Prova disso é que os grandes vinhos franceses continuam sendo o golden standard em termos de qualidade e elegância.

Para nós, consumidores, essa expansão da produção e do prestígio dos vinhos do Novo Mundo, graças àquela histórica tarde em 1976, nos brindou com inúmeros novos estilos e muitos ótimos vinhos, desde o Líbano até o Uruguai, da China ao Brasil. Abriu uma grande possibilidade de concorrência entre países e produtores e tornou mais vinhos de qualidade acessíveis ao consumidor médio. Só benefícios!

 

 

Quer saber mais?

  • Em 2005, George Taber finalmente lançou seu livro “Judgment of Paris: California vs. France and the Historic 1976 Paris Tasting that Revolutionized Wine, pela editora Scribner, atualmente esgotado em português.

 

  • Em 2008 estreiou no cinema “O Julgamento de Paris” (Bottle Shock), filme americano com Alan Rickman, Bill Pullman e Chris Pine no elenco, escrito e dirigido por Randall Miller, que retrata o Julgamento de Paris. Assista o Trailler.