O novo Centro de Enoturismo da Taylor’s no Porto

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Se você precisa de mais um bom motivo para visitar Portugal, a tradicional casa de vinhos do Porto Taylor’s tem um: seu novo Centro de Enoturismo acaba de ficar pronto.

A Taylor’s é uma das maiores e mais antigas casas produtoras de Vinho do Porto e dedica-se exclusivamente à produção destes ícones portugueses. Desde 1692, ano de sua fundação, permanece uma empresa familiar e independente, e atua em todas as fases da produção, desde o plantio da vinha e cultivo das uvas até a elaboração, envelhecimento e engarrafamento dos vinhos. De importância histórica, é tida como a criadora do estilo LBV (Late Bottled Vintage) e permanece, ainda hoje, como sua principal produtora.

Localizado no coração da zona histórica de Vila Nova de Gaia, a “capital” do Vinho do Porto, o Centro de Visitas da Taylor’s recebe anualmente cerca de 100 mil visitantes de todo o mundo. Mas segundo Adrian Bridge, diretor-geral da Taylor’s, a empresa sentiu a necessidade de oferecer ao visitante uma experiência mais adaptada aos padrões do moderno enoturismo e de se destacar entre os demais centros de visitação de caves da região.

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A reestruturação e modernização do Complexo de Enoturismo da Taylor’s durou meses e recebeu investimentos de mais de 1 milhão de euros. O resultado é um moderno centro de visitação e degustação, onde os visitantes são apresentados à história da marca, desde a sua fundação.

No passeio os visitantes percorrem as históricas caves que abrigam os antigos cascos (tonéis de 630L) e cubas (de 20.000L) de carvalho onde envelhecem os vinhos do Porto, e aprendem os detalhes da produção desse maravilhoso vinho fortificado. Abaixo das caves encontram-se os túneis que abrigam a garrafeira, lendária coleção de vintages onde as garrafas (algumas com mais de dois séculos) repousam umas sobre as outras até atingirem a maturidade perfeita. Após este trajeto, os visitantes seguem para a sala de degustação, onde podem provar o Taylor´s Chip Dry e o Taylor´s Late Bottled Vintage, acompanhados de um expert da empresa. Outros vinhos podem ser acrescentados de acordo com o desejo (e o bolso) do visitante.

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A visita custa 12 euros e o percurso completo pode durar até 2 horas (a visita rápida tem duração de cerca de 20 minutos) com auxílio de audio-guias em português, inglês, espanhol, francês e alemão.

Centro de Visitas Taylor´s:

Horário: 10:00 às 19:30pm (última visita começa às 18:00)

Entrada: 12€ por pessoa

Rua do Choupelo nº 250, 4400-088 Vila Nova de Gaia

www.taylor.pt


No Brasil, os vinhos Taylor´s são importados e distribuídos pela Importadora Qualimpor.
www.qualimpor.com.br

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Degustação Taylors

 

 

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A “febre do Vinho Rosé”

 

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Enquanto o Brasil vive seu inverno tropical, no hemisfério Norte o calor e os dias longos e ensolarados do verão são um convite irrecusável para tardes à beira da piscina, fins-de-semana na praia e jantares ao ar livre. Para os amantes do vinho, essa é a época perfeita para se degustar um belo vinho rosé.

O consumo de vinho rosé experimentou um aumento significativo na última década, na maior parte do mundo. Talvez seja graças às elegantes características desse vinho e sua alta drinkability; talvez seja o glamour evocado pela presença crescente nos filmes e nas mídias em geral… Talvez seja o aquecimento global que tem trazido uma maior sede de brancos e rosés… O fato é que a presença do vinho rosé nas mesas e taças mundo a fora já virou tendência, e tende a aumentar.

Segundo dados do Instituto Internacional da Vinha e do Vinho, 22,7mhl (milhões de hectolitros) de vinhos rosés foram consumidos no mundo em 2014. Isso sem contar os espumantes rosés. Proporcionalmente, equivale apenas a 10,3% dos total de vinho consumido naquele ano (235,7mhl). No entanto, esse número representa um aumento de 20% no consumo de rosés ao longo dos últimos 12 anos! Mais do que qualquer outro tipo de bebida!

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Essa “febre”de consumo de vinhos rosés é liderada pela França e pelos Estados Unidos, os maiores consumidores globais, com 8,1 e 3,2mhl respectivamente. Juntos esses países consomem metade dos vinhos rosés do mundo!

Na França, o consumo de rosés já representa mais de 30% do consumo total de vinho. E desde 2002 o consumo desse tipo de vinho aumentou 43%. O mesmo se observa em outros países que tradicionalmente nunca foram grandes consumidores de rosés e que estão “descobrindo”esse néctar nos últimos anos, como Canadá (aumento de 120% no consumo), Reino Unido (250%), Hong-Kong (250%) e Suécia (750%). Outro dado interessante: na Tunísia e no Uruguai o consumo de vinho rosé já equivale praticamente a metade do consumo total de vinhos, e tem aumentado.

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Apenas poucos países apresentaram queda no consumo de vinho rosé nos últimos anos, dentre eles Itália, Espanha e Portugal. O motivo, provavelmente, se deve ao fato destes já serem históricos consumidores de vinhos, e principalmente dos vinhos rosés, e já terem atingido certo “equilíbrio” de consumo. A crise econômica pela qual passa a Europa, principalmente nesses três países, também tem influência. A queda, no entanto, não é intensa e provavelmente é passageira.

Outros dados interessantes sobre a chamada “febre dos vinhos rosés” dizem respeito ao perfil de consumidor.

O consumo global de vinho rosé tem aumentado graças ao segmento mais jovem da população em idade legal de consumo. A porcentagem de consumo de vinho rosé é, em média, 10% superior entre os bebedores mais jovens em todos os países pesquisados: Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Estados Unidos, Finlândia, Japão, Nova Zelândia, Países Baixos, Reino Unido, Suécia, Rússia, Brasil e China. Como sempre, os mais jovens são mais abertos à mudanças nos hábitos de consumo. Na França esse fenômeno também ocorre mas é menos intenso, e o consumo de vinho rosé por faixa etária é mais homogêneo.

Na maioria dos países, observou-se que as mulheres consomem mais vinhos rosé que os homens. Na Alemanha e nos Países Baixos a diferença chega a 6%. Algumas exceções são os Estados Unidos, Rússia e Austrália onde a proporção de consumo é a mesma entre os gêneros. O Brasil é a grande surpresa: os homens consomem 4% mais vinho rosé que as mulheres!

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Depois de todos esse dados indicando que o vinho rosé tem cada vez mais caído no gosto dos consumidores de vinho, surge uma preocupação: será que a produção de rosés dá conta dessa febre de consumo? A resposta, felizmente, é sim. Os produtores de vinho rosé já previram esse aumento no consumo anos atrás e tem acompanhado essa tendência com um aumento de produção. Dados também indicam o aumento do comércio internacional de vinhos rosés, já que os países que mais os consomem não são os que mais os produzem…

Mas isso é conversa para um outro post, num outro momento. Agora curta nossa página, feche o computador e abra uma bela garrafa de vinho rosé… Saúde!

 

Cave Geisse Terroir Nature 2011

Cave Geisse Terroir Nature

A Cave Geisse nasceu em 1979 pelas mão do enólogo chileno Mario Geisse que percebeu o potencial da região de Pinto Bandeira, distrito de Bento Gonçalves, para a produção de espumantes. Investindo primeiro na qualidade das uvas, e aliando conhecimento, tradição e modernas técnicas vitivinícolas, passou a produzir espumantes de alto padrão de qualidade e a se destacar nesse mercado crescente e tão competitivo.

No ano de 2015, seu espumante Terroir Nature 2009 foi eleito melhor espumante brasileiro pelo Guia Descorchados, com 93 pontos. Em 2016, essa mesma publicação elegeu o Terroir Nature 2011 como o 2º melhor espumante e o Terroir Rosé 2010 como o 3º lugar (e melhor espumante brut nacional). O Terroir Nature 2011 figura ainda como único espumante nacional no livro 1001 Vinhos para Beber Antes de Morrer de 2015 (Editora Sextante).

Produzidos através do “método tradicional” (o método champenoise), com a segunda fermentação ocorrendo na garrafa, os espumantes da Cave Geisse expressam com elegância e frescor o terroir de Pinto Bandeira. Alguns deles não ficam atrás de bons Champagnes, em termos de qualidade.

img_0799Esse é o caso do excelente Terroir Nature 2011 (R$165 no site). Elaborado com 50% Chardonnay e 50% Pinot Noir provenientes dos vinhedos “Terroir”, é a expressão máxima do cuidado e atenção aos detalhes da Familia Geisse. Após um período de fermentação de 6 meses, o vinho “descansa” na garrafa em contato com suas leveduras (sur lies) por no mínimo mais 36 meses, adquirindo estrutura e complexidade aromática. Após o dégorgement, não recebe adição de Licor de Dosagem, permanecendo apenas com o pouco açúcar residual da fermentação (Nature).

Na taça apresenta coloração amarelo palha claro, com perlage fina e persistente. Os aromas, contidos inicialmente, aos poucos mostram levedura, panificação, flores brancas, frutos secos e notas de frutas cristalizadas. Na boca é marcante pela estrutura e elegância, com médio corpo, acidez viva, leve cremosidade e um toque mineral. O final é longo e a boca implora por um novo gole. Fantástico!